Sena da Silva, S/T, Lisboa 1956/57
Abriu a 10 de Março ao público a exposição Arquivo Universal - O Documento e a Utopia Fotográfica no Museu Colecção Berardo. Aproximadamente mil imagens foram escolhidas para analisar a noção de documento na história da fotografia a partir do estudo e encenação de uma série de debates sobre o género, ao longo do século XX. Trabalhos dos fotógrafos portugueses Sena da Silva, Castello-Lopes, Vítor Palla e Costa Martins estão representados na exposição patente no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, até ao dia 3 de Maio.
No texto de divulgação consta a seguinte informação:
(...) Abordando várias hipóteses sobre os significados e mecanismos do género documental, (Arquivo Universal) traça um itinerário histórico que vai do início da hegemonia da fotografia na imprensa ilustrada, no primeiro terço do século XX, até à alegada crise do realismo fotográfico na era digital, no final do século. A exposição não pretende, no entanto, delinear uma história do género, nem esgota as suas definições possíveis, mas tenta, em vez disso, estudar a forma como tem sido constituído o documento fotográfico – de uma forma consistentemente polémica e ambivalente – em determinados contextos históricos. Desde que Grierson, fundador do movimento documental britânico no final dos anos 1920, definiu o documental como o 'tratamento criativo da actualidade', este género tornou-se a essência dos discursos sobre o realismo na fotografia e no cinema. Não obstante, os conceitos de documento e documentário adquiriram diferentes significados no decorrer do século XX. A complexidade das suas definições deve-se ao facto de que estes conceitos se inscrevem na filosofia do Positivismo, que une o conhecimento científico ocidental, e estão imbricados em campos discursivos e artísticos tão diferentes como as ciências sociais e naturais, o direito e a historiografia.
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